2 de abril de 2011

Ao pai do meu Amigo

Uma pura flor que descança em seu jardim.


Repito em meias palavras
De Mello, tão brando
Faz escuro, mais eu canto*

Canto ao pai do meu amigo
Alma que minha retina desencontrou
Mãos véludas...
A face da experiência que por respeito
Meu amigo beijou.

Cruél destino!
A arte ingrata lhe incitou.

Ah! seu Josías
Quisera eu buscar-te no teu desembarque
Mais creio que viajara "pro" outro mundo
-Mundo dos santos?
não!
-Mundo onde descançam, os exauridos anjos!

Quizera eu buscar-te dos berços-nuvens
Pr'acalmar tua amada do planger á consciência
Que se alimenta de tuas reminiscência...
Onde tu Martins, ela Iracema.

Lembro Augusto que dizia:
-Para onde fores, pai, para onde fores
Irei também, trilhando as mesmas ruas
Fora essa trova que coubera
Nas lagrímas Bindáticas.

-Não chore Amigo
-Por que chorás?

Teu Mestre não foi
Mas um sepúlcro á terra
Sim um adulbo ás flores poeticas.

Sorria Amada!
Teu amor Jaz um estrela no campo-luar.

Inda que se prolongue tua ausência
...que tua viajem seja esplêndida mestre!

Ei seu Jô
Quem lavára os carros polídos?
Com á tolice de uma criança...
Quem dirá com tamanha defesa
Que a torneira está ligada?

Quem seu josías?
Quem?
Se fagueiro e magno só tinha tu!!!


Obs: Feito em amplexo à familia Bindá!!!






* Livro do Thiago de Mello

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