1 de abril de 2011

Ao cair da madrugada





Ao chegar da faculdade,  já extinta da balbúrdia do dia
Deleito-me sob à madrugada fria, tácita e sombria...
A mesma dos poetas mortos, a mesma dos que estão vivos.

Eu que estou viva recordo-me de mais um dia ,
O qual vejo as pessoas correndo para seus trabalhos, outras
A procura de um ...
As crianças almejando chegar à escola...
Os idosos em pé no ônibus em meio à turba.
Tudo isso me dá tédio, me revolta...
O que me acalma é a canção que agora escuto,
Me acalma em saber que todos estão dormindo, sonhando, se amando...

Passo uns minutos em devaneios... Olho os móveis, a minha escrivaninha,
Tudo imerso em silêncio..
Ao olhar a vitral da janela, a música que me acalmava
É a mesma que me apodrece, me enerva, me entristece...
Pois ao som de seus acordes e melodia o sol está se pondo.

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