20 de agosto de 2012

David Cavaco Cante



"Olhos de cigano oblíquo e dissimulado"


Chora o cavaco nesse canto de luz...
Cavaco e canto para o David Cavalcante;
Ser misterioso; Sorriso maroto incógnito como uma casa pré-fabricada.
E já dizia a velha voz de uma cidade negra: "Pra ser homem tem que ter a grandeza de um menino".
Menino de grandeza inefável...
Semblante que nem Cazuza ousou omitir em um codinome beija flor... Nem Djavan em pétalas.
Garoto de um doce mistério de rio com a transparência no olhar.
Peço a São Jorge líder dos templários um sublime samba da benção pra te abençoar de Paris à Irajá...
Um samba que não é piada mas que te encante caro Cavalcante...
Por onde passa encanta, parece que se transforma em luar,
Sensível demais em devaneios, une todas as coisas
Parece que só precisa existir pra se auto-completar...
Que as asas do amor e da paixão venham sobrevoar no teu cavaco, chorinho e banjo...
Cá esbanjo minha poesia sobre ti... mas quem sou eu pra tentá-lo desvendar e entende-lo...
Se teu ser por inteiro é o encontro das águas.


Dedicado a David Cavalcante

12 de julho de 2012

AMARAL-GO










Amaré necessário;


Amaro amigo;


Pai;


Professor;


Irmão...


O amoré um homem longe da solidão...


Amaré reciproco;


É reciproco AmaraL próximo;


É próximo e reciproco Amar ao Amaral.


Amaral sol;


Amaral mar;


Amaral amor


E mesmo com tanto desamor nesta terra..


É preciso AMARALGO!!!


                                                                       Dedicado ao amigo AMARAL

27 de maio de 2012

La Luz del niño Luizito






Tem olhos de menino encantado com tudo que é curioso;

Tem olhos de homem
 
Que ilude e desvenda todo o misterioso...
 
Vai ver o tempo é a face verdadeira do nosso destino...

Já que para ser um verdadeiro homem tem que ter a grandeza de um menino...
 
Ei Menino de la luz de los ojos de Luiz

Não desencante todo canto que se canta cá, com uma grandeza pequena de uma menina verdadeira.


Para Luizito Carlito.

3 de abril de 2012

FunciOtários



Todo dia café, leite, pão e suco
E a vida é a mesma;
Toda hora é o mesmo dia;
Todo minuto é sempre uni-movimento;
Em fileiras eles se põem, dançam a mesma música,
Num passe só, gritando: PRODUÇÃO...
E perdem a vida
Casulando por 20, 30 anos de involução... 


Eles pedem que eu vista  a camisa
Mas me recuso.
Não sou Hondista
Quero ficar nua 
Com seios e buceta de fora


Robotizados


Condenados


Parasitas, filho do sistema codinome PUTA


Peguem suas camisas IMUNDAS e enfiem dentro da  BUNDA.

1 de abril de 2012

Palhaça minha e de tantos






Eu palhaça de mim,
Tiro aqui à mascara
Destruo meu peito de aço
E o sorriso que faço falso.
Deixo rolar as lágrimas.
Esqueço minha pseudo-grandeza
E acordo na mais pura certeza
De que eu palhaça de mim e de tantos

Rio, rio e nada...
Choro num pranto
Cá nesse canto...

Eu palhaça de tantos risos
Sou feita de lágrimas ocultas.

4 de março de 2012

Voo











Eu ando pássarinhando pelos montes altos, baixos;


Pelo meio das árvores, pousando nas flores e folhas...


Procurando nem sei bem o que...


Talvez um beija-flor


Pra sanar uma dor


Que eu nem conheço



E se o velho poeta Pessoa*



Achava o poeta fingidor



Eu vos digo em assovio...



Eu finjo que é dor, mas na verdade é puro amor




Se me queres ver feliz, deixe-me livre. "Poetisa Kikóviscky"


*Poeta Fernando Pessoa



26 de janeiro de 2012

Mata- Amado



Mata?!
- Não mate!


... Viva meu divo crazy...
Há muita luz luz nesse corpo inerme;
Ah! Se lembro daquelas noite embreagados...
Eu te afagando os cachos já inexistentes... Como um gato...
Nosso gato mata-amado.

Não se deixes enganar meu senhor...
A vida e o amor machucam, mas quem és tu pra não vencer?!
Viva e seja como quiser, não vos deixe sucumbir
Por causa do hipócritas, já dizia la Marcela:
- À quien importa!!!

Ser adoravél ...
Expande essa loucura, grita e berra,
Que eu te ouço.
Se distante é s feliz, meu coração te abriga onde for...
Não importa a distância ,
A amizade é um abraço de mãos...
Logo, Logo Jáh trará aproximação.

Mata?!
Mata toda ponta negativa da tua fLor idade,
SoLta e exala aos amigos a fumaça-positividade.
Mata?!
Não esvaneça
Vá em frente e vença.
Vá caminhar!
Vai Longe...

Equando finda a estrada... Me chama!
Me chama gritando!

- Correndo... de pé... Eu te aplaudo.



(Presa nas sardinhas, vinham-me na memória reminiscências e nas singelas linhas do celular... Eu escrevia)

23 de janeiro de 2012

BonecaMarona




Morena pequena...
Dos olhos de vidro vermelhos de alegria e tão cheios de magia.
Pequena e grande, como uma boneca de cor de canela;
...
E qual sabor que tem?

- Só pastel de camarão!

Ser grande em pessoa que habita em meu coração.
Nem mesmo há metáforas pra descrever tanta positividade...
Lembro bem quando choravamos, mas e dai?
Somos feLizes mesmo!!!
Quem irá dizer o que és?
Marx, Duckeime?

-
Não! Só tu que é dona desse riso transparente que é um jogo
De oLhos, Lábios e dentes reLuzentes.
BonecaMarona do nome L... LiLi, Lua, Lins, LiLás ,
Luz que reLuz que te tráz...
Aqui nesse poema singeLo.
Vás minha bonecamarona, vás viver e ser Livre, seja boneca...
Mas não permitas ser brincada por ninguém.
Vás! Eu te ordeno!
Vás agora!
Vás ser feLiz que eu te guardo... Nessas paLavras do fundo do âmago.
E se quiseres voLtar... Aceitarei teu riso de vidro feLiz.

O amor não acaba, só aumenta...

Vás! Eu te ordeno.


(Enquanto chorava, eu escrevia) 
 

17 de novembro de 2011

NuChão



Dentro das sardinhas... Pelas frestas,
Mirava pessoas ilhadas, sem rumo
Inertes coitadas.
Tudo parado se movendo. 
Fugi das sárdicas.
Me pus a peregrinar sob à chuva,
Cada gota equivalia a um subterfúgio de fuga..
Veja quantos, muitos! A canção à toar "É de lágrima"
E como o velho poeta hermano, fingi na hora ri!

Adentro ao meu lar, resolvi ter amnésia.
Resolvi esquecer dos amigos, de estudar e 
Da cruel rotina que nos faz suicidar. 

Só não esqueci de deitar-me Nuchão
Literalmente nua, como Adão
Nudez crua, chão frio-branco.
Fiz dele papel, vomitando uma sentimentalidade insensível.
Aquelas pessoas necessitam de papel, de nudez
Livrar-se da ferradura de pó, que o vento expulsa tão só.

Estou nua e livre...
Esqueci de estudar, dos amigos
De Jesus, da fé que deu nó..
Continuo, continuo Nu-Chão-Nu-A
Termino Nuchão com minha nudez poética
Que não fala de amor nem coração...

Jaz nua NuChão apelo para àquela Razão.

E volto ao Séculos das Luzes.

14 de novembro de 2011

BeLo Canto Triz







Cadê minha liberdade de expressão?

Será que não posso falar do que é belo?

A poesia soa á toa e entoa.

Não sou feliz... Sou por um triz.

O triz desenha teus cachos... Opacos..

Tácitos, como os nobres riachos.

Canta "pra" mim no canto um conto em canto teu...

Leve, reluzente ou plangente.

Ouço os afagos dos teus dedos no lírico violão,

Como o velho violeiro que sai no mundão,

Emanando sons, e multitons.

Canta e toca... Que eu poetizo...
E venho cá dizer-te do belo
Tudo na vida é um elo...
Me diga você baby se é certo.
Senti-lo? Sinta que lê.


Dedicada à  Jeorgio  C.

Camiñando Sólo







Caminhando no deserto...
O pensamento sob um capuz escondido
Tenebroso, amargo e doido.
O coração vácuo, as mão inertes,
O olhar perdido de tanto que perde.
Grãos de areias entranham nos dedos pelejados,
Exauridos...

- A peregrinação é um refugio, vos digo!

Ele segue sem saber o itinerário...
Segue, segue, cai, se ergue.
Tenta, amar e não consegue.
O amor é sabe lá de onde, vai saber onde tal se encontre.

Caminhando no deserto.
Deita-se sobre os pontinhos árido, admira o céu cinza 
E dormi.
Dormi, fogi.
Dormi pra refutar a dor...

E acorda na manhã... 
Mesmo sofrendo, ele insiste no amor.
O amor farpante, discrepante
Que só traz o que não é delirante.
E ele continua a caminhar 
Com a lágrima no olhar, sem rumo a chegar, 
Sem amigos e liberdade de contar..
Caminha e caminha em vão.

E caberá à ele só esse poema
Nas entrelinhas dessa solidão.

18 de setembro de 2011

Busca da Panacéia





Andei distante do mundo...

Do mudo...

Do pensar...

Perto de lutar, guerrilhar.

Nadar sem parar

Ou simplesmente nada.

Eis ai a guerra de eu-lirico e matéria...
Razão e emoção...

Ação / reação

O eu-lirico raciocina

Vem a matéria e emotifica

O que quero... Revelo

Está no reverso da linhas

Nas puras entrelinhas

Em busca da PANACÉIA.






Viver 'pra' que?










Eu vou viver pra viver

Para ser, um eterno ser

Cantar

Tocar

Se jogar, sem medo de errar
Cair, levantar...

Se a vida tem dois lados, viva qual quiser,
Seja verídico homem!
Seja axioma mulher!
Viva para a vida, sem saída,
Com harmonia, sem dolorosas despedidas,

VIVA, VIVA, não se canse da vida
Se abstenha do medo, dos formados preceitos
É preciso vos renovar, reciclar
Embora que seja em tantos anos...

É PRECISO MAS DO QUE NUNCA AMIGOS VOS AMAR...
SEMPRE , TUDO COMEÇA NO EU-LIRICO

Até mesmo viver...

17 de setembro de 2011

Vou-me em boa hora




Vou-me em boa hora 'pra' minh'alma...
Lá não conheço ninguém, eu sei;
Se permitem-se sonhar,
É para lá que irei.


Vou-me em boa hora 'pra' minh'alma...
Lá sou amiga do lirico, do EU..
Lá sonharei nos sonos, sonhos quiça meus.


Vou-me em boa hora 'pra' minh'alma...
Lá tem trovadores do amor e do amigo 'pra' amar..
É lá em que em minha cama nenhum modernista
Há de se achegar.


Vou-me em boa hora 'pra' minh'alma
Lá tem reverencia à vontade,
As pessoas se aceitam...
Conforme vossas dores e felicidades.


Vou-me em boa hora 'pra' minh'alma.
É lá que será minha vida...
Lá onde reina o amor...
Até mesmo em minha profunda ferida...


Vou-me...
Embora, em boa hora
Pra minh'alma...


* Uma versão do meu intimo de Vou me embora pra Pasárgada (M.B) 

28 de agosto de 2011

FlorItalo







Nenhuma palavra vai transcrever minha imensa dor...
Simplesmente pela minha Flor
Que a terra cuidou, e a mesma matou.
Essa FlorItalo encantadora, criadora, cheia de luz
Que até os céus mais azuis, não sobe iluminar-lo.

E as reminiscencias dessa FlorItalo ficam...
Quando dançava, tocava, cantava, poetizava, corria e mesmo couraçado sorria.

Oh, FlorItalo porque nos abandonou?
Se tão grande era teu ser entre nós!
Saiba que todos amamos vós,
Com defeitos das tuas pétalas,
Com os cravinhos do teu coração

Vaís FlorItalo e descança
Vive o teu refugio
E saiba que não houve, nem haverá
FlorItalo mais SUBLIME que tu.

Te AMAMOS, ETERNAS SAUDADES

28 de julho de 2011

Cordel Desencantado




Cocino veio lá de Manaquiri
Tentar viver na grande cidade
Deixar de comer jaraqui
Antes que lhe corra a idade.

Veio todo contente
Pensando que cidade grande é mole
Acabou quebrando dentes
Inté longe o miserável tem má sorte

Foi pedir emprego na prefeitura
Lá se tornou zelador
Ele pensou: - Isso é casa de prostituta
Valei meu padin Ciço, isso aqui é um terror.

Na ausência de Vigíca sua flor
Resolveu zarpar
Longemente do terror
O xero de belle de jour* exalar

Em Manaquiri rolava a picuinha
De que Vigíca tinha outro
Pegava agora um tal de Mucurinha
Vali nossa senhora do socorro.

Infeliz e desmotivado
Cocino seguia
Sem destino e afortunado
Jurava que se agarantia.

De tamanha sofridão
No Bariri um rabeta apanhara
Rumo certo a Novo Airão
Antes mesmo que o rio secara

Nem saberá o que a sorte lhe reservara.

No meio do rio misterioso
Rabeta levou um banzeiro
Era um boto assombroso
Que o virou como arqueiro.

E Cocino morrera tão Severino
Sem Vigíca sua flor
Sem estado como ninho
Sua morte... Seu único amor.



A verdade sobre a vida é que você entra nela sozinho, e sai sozinho. "Cazuza"


*Vigica: Apelido de minha avó (Personagem fictício)

*Cocino: Nome de meu avô  (Personagem fictício)


*Música de Alceu Valença 


8 de julho de 2011

A (o) Pedra (o)



Há uma pedra em minha vida...
Está pedra morena, suave e tênue.
Quando tenho solidão, quando dúvido da certeza,
Ele vem... com sua voz meiga e incessante
Transparente agora... essa pedra andante,
Que me faz parar e refletir sobre qual bom és la vida.

Embora fria, fere... ela sabe exalar amor, como um pólen
Que alimenta um beija-flor, séra este mi pseunombre?
- Oh, Afrodite, quem derá-me.
Mesmo triste, lonely e very happy, existe uma pedra
No meu caminho...
Cor de ébano,
Delicada,
Encanta,
Colore, por que muda e não é muda,
E faz bem...

A pedra dró

A pedra Pedro.