Cocino veio lá de Manaquiri
Tentar viver na grande cidade
Deixar de comer jaraqui
Antes que lhe corra a idade.
Veio todo contente
Pensando que cidade grande é mole
Acabou quebrando dentes
Inté longe o miserável tem má sorte
Foi pedir emprego na prefeitura
Lá se tornou zelador
Ele pensou: - Isso é casa de prostituta
Valei meu padin Ciço, isso aqui é um terror.
Na ausência de Vigíca sua flor
Resolveu zarpar
Longemente do terror
O xero de belle de jour* exalar
Em Manaquiri rolava a picuinha
De que Vigíca tinha outro
Pegava agora um tal de Mucurinha
Vali nossa senhora do socorro.
Infeliz e desmotivado
Cocino seguia
Sem destino e afortunado
Jurava que se agarantia.
De tamanha sofridão
No Bariri um rabeta apanhara
Rumo certo a Novo Airão
Antes mesmo que o rio secara
Nem saberá o que a sorte lhe reservara.
No meio do rio misterioso
Rabeta levou um banzeiro
Era um boto assombroso
Que o virou como arqueiro.
E Cocino morrera tão Severino
Sem Vigíca sua flor
Sem estado como ninho
Sua morte... Seu único amor.
A verdade sobre a vida é que você entra nela sozinho, e sai sozinho. "Cazuza"
*Vigica: Apelido de minha avó (Personagem fictício)
*Cocino: Nome de meu avô (Personagem fictício)
*Música de Alceu Valença
Um tanto triste a poesia. Gostei das rimas, nunca tinha lido uma poesia sua assim. Beijos Kikovisk
ResponderExcluireu já disse q essa moça tem talento demais, gostei muitoo....xD
ResponderExcluiressa sua poesia me agradou muito, mais que as outras. A cada post fico mais admirada com seu talento. adorei a historia! continue escrevendo... continue amando, amante da poesia!
ResponderExcluirOutro texto enxuto, porém, sem enrolações.
ResponderExcluirMenina, seus escritos me agradam demais.
: )
Muito bom! Essa poesia, ainda terá muito eco. Talento não se discute.
ResponderExcluir