Caminhando no deserto...
O pensamento sob um capuz escondido
Tenebroso, amargo e doido.
O coração vácuo, as mão inertes,
O olhar perdido de tanto que perde.
Grãos de areias entranham nos dedos pelejados,
Exauridos...
- A peregrinação é um refugio, vos digo!
Ele segue sem saber o itinerário...
Segue, segue, cai, se ergue.
Tenta, amar e não consegue.
O amor é sabe lá de onde, vai saber onde tal se encontre.
Caminhando no deserto.
Deita-se sobre os pontinhos árido, admira o céu cinza
E dormi.
Dormi, fogi.
Dormi pra refutar a dor...
E acorda na manhã...
Mesmo sofrendo, ele insiste no amor.
O amor farpante, discrepante
Que só traz o que não é delirante.
E ele continua a caminhar
Com a lágrima no olhar, sem rumo a chegar,
Sem amigos e liberdade de contar..
Caminha e caminha em vão.
E caberá à ele só esse poema
Nas entrelinhas dessa solidão.
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