14 de novembro de 2011

Camiñando Sólo







Caminhando no deserto...
O pensamento sob um capuz escondido
Tenebroso, amargo e doido.
O coração vácuo, as mão inertes,
O olhar perdido de tanto que perde.
Grãos de areias entranham nos dedos pelejados,
Exauridos...

- A peregrinação é um refugio, vos digo!

Ele segue sem saber o itinerário...
Segue, segue, cai, se ergue.
Tenta, amar e não consegue.
O amor é sabe lá de onde, vai saber onde tal se encontre.

Caminhando no deserto.
Deita-se sobre os pontinhos árido, admira o céu cinza 
E dormi.
Dormi, fogi.
Dormi pra refutar a dor...

E acorda na manhã... 
Mesmo sofrendo, ele insiste no amor.
O amor farpante, discrepante
Que só traz o que não é delirante.
E ele continua a caminhar 
Com a lágrima no olhar, sem rumo a chegar, 
Sem amigos e liberdade de contar..
Caminha e caminha em vão.

E caberá à ele só esse poema
Nas entrelinhas dessa solidão.

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