17 de novembro de 2011

NuChão



Dentro das sardinhas... Pelas frestas,
Mirava pessoas ilhadas, sem rumo
Inertes coitadas.
Tudo parado se movendo. 
Fugi das sárdicas.
Me pus a peregrinar sob à chuva,
Cada gota equivalia a um subterfúgio de fuga..
Veja quantos, muitos! A canção à toar "É de lágrima"
E como o velho poeta hermano, fingi na hora ri!

Adentro ao meu lar, resolvi ter amnésia.
Resolvi esquecer dos amigos, de estudar e 
Da cruel rotina que nos faz suicidar. 

Só não esqueci de deitar-me Nuchão
Literalmente nua, como Adão
Nudez crua, chão frio-branco.
Fiz dele papel, vomitando uma sentimentalidade insensível.
Aquelas pessoas necessitam de papel, de nudez
Livrar-se da ferradura de pó, que o vento expulsa tão só.

Estou nua e livre...
Esqueci de estudar, dos amigos
De Jesus, da fé que deu nó..
Continuo, continuo Nu-Chão-Nu-A
Termino Nuchão com minha nudez poética
Que não fala de amor nem coração...

Jaz nua NuChão apelo para àquela Razão.

E volto ao Séculos das Luzes.

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